O bem e o mal, amor e o ódio, a guerra e a paz, a mentira e a verdade, o escuro e a claridade... Dualidade
segunda-feira, 30 de março de 2009
Elucidando...
Não me perdi porque embora muitas vezes eu tenha querido parar o mundo e descer... eu segui em frente.
Não me perco porque ainda não me tenho completamente. Pertenço a mim mas não por completo.
Parte de mim é o que eu busco,
Outra parte é o que eu não conheço,
Outra parte é o que aceito,
Outra parte é o que eu acredito...
Ter-se, descobrir-se é um exercício diario e pode se levar meses, anos, décadas... Há aqueles que ainda nem sabem quem/ oque são!
Dou-me por feliz por pertencer áquela que mais me ama: EU!
Um homem também chora...
Inundam nossa visão, invadem nossas almas
Brotam... nascem... rompem a barreira dos sentidos...
Dentro de suas cascas duras, barbas mal-feitas, músculos e certezas...
Eles também sentem...
Mesmo entre seus brinquedos, jogos, revoluções tecnológicas e tecnomanias...
Eles transmitem...
Entre jogos de futebol, cervejadas, controles remotos e coleções de carros/ selos/ camisas...
Eles calam...
Em suas buscas incessantes pela quantidade, entre os hormônios da adolescência, entre suas pilhas de mulheres nuas e as vizinhas excitantes...
Eles também observam...
Ainda, entre as suas praticidades e simplificações... Números, fórmulas, calculos...
Eles ainda conseguem, sem saber, contemplar a complexidade...
Nos seios de suas mães e de suas namoradas, mulheres, amadas e amantes...
Eles buscam o conforto...
Quando vão para a guerra, quando matam, quando morrem, quando secam...
Eles também renascem...
Entre suas explicações, confusões, complicações...
Eles também não entendem...
Ainda sim, quando crescem...
Eles são apenas meninos...
Quando acham que não podem mais, que não querem mais...
Eles AMAM...
Quando eles amam...
Eles choram...
A simplicidade de um gesto, a vergonha e a libertação nele contido, fala ao coração de quem tem a sensibilidade de deixá-los ser quem são...
Colecionadores de troféus, duros, broncos, jogadores, práticos, estranhos, confusos...
Sensíveis e sinceros, idiotas e canalhas...Homens e Meninos...
Para uma amiga ausente!
Pelas horas de trabalho juntas, por todas as brigas, por todas as cervejas e por tudo o que nos aconteceu!
Pelo seu estado de realização, pelo meu estado de (re)descobertas... por tudo aquilo que o Universo nos Reserva!
Saudades de vê-la...
Cíci... pra ti!
terça-feira, 24 de março de 2009
Gira mundo... desejo não vai me faltar...
Cada aurora é uma noite amanhecida,
Cada abrir de olhos é de uma noite dormida
Cada regresso, é fruto de uma partida...
Cada passo dentro da vida é um lampejo dentro da morte
Todo dia a tarde morre para que a noite nasça...
Vivemos e morremos todos os dias, de diversas formas... Partimos e voltamos a cada minuto
Eu já morri muitas vezes e renasci no instante seguinte
Eu já nasci tantas vezes que em minha certidão de nascimento deveria constar : Data de nascimento- "Indeterminada".
Digo Adeus hoje para ter o imenso prazer de dizer "voltei" amanhã...
Hoje, prefiro dizer até breve.. eu volto um dia....
Namastê!
Inquietações da manhã... Atrasada pra faculdade (pra variar)
...Me faltam as palavras mas quem fala é a música...
Amor não chora, se eu volto é pra ficar
Amor não chora, que a hora é de deixar
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui, mas não podia
O meu caminho a ti, não conduzia
Um rei mal coroado,
Não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia
Não ia ser amado
Amor não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado
Sem Maria
Quando eu me despedia
No meu canto lhe dizia
Canção da despedida ( Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)
domingo, 22 de março de 2009
Homenagem aos dias de musicalidade... alfaias... corimbas... corimbeiros... BATUQUEIROS
No babado da saia eu vejo
A morena girando a renda
É prenda pro seu orixá.
Todo fim de semana tem
Gente dos quatro cantos vem
Diz na palma e no verso histórias
De tempos imemoriais.
Roda que eu quero ver, que é bonito
Canta que eu quero ouvir
Bate o tambor na força do rito
Tudo pra se divertir.
Reza quem é de rezar
Brinca aquele que é de brincadeira
Quem é de paz pode se aproximar
Hoje é festa pr'uma noite inteira.
(Girando na Renda- Pedro Luis- Voz: Roberta Sa)
quinta-feira, 19 de março de 2009
O dia de São José...
Familias inteiras saem de suas casas antes do amanhecer com um único propósito: Agradecer!
Hoje é dia de agradecer o plantio e a colheita... o bom tempo da chuva... o bom tempo do sol...
Hoje é o dia da chuva Santa.... Os devotos acreditam que se chover hoje, choverá o ano todo!
Hoje é dia de reza, ladainha... é dia do Padroiero da Terra de meu Pai...
Hoje é dia de São José!
Respeitar minhas origens, é respeitar o que eu sou...
Ah! E segundo meu pai, hoje já choveu na cidade dele!
E que nada falte... nunca!
quarta-feira, 18 de março de 2009
Imperatriz
Não disse de onde vinha ou quais eram seus propósitos
Me tomou pela mão, qual uma Mãe a sua filha... Não disse nada...
No dia seguinte, apontou para o céu, para dentro de mim... E nada disse...
No terceiro dia, me honrou com sua coroa, me girou no alto e me devolveu ao chão... Mas nenhum som vindo de sua boca eu pude ouvir...
No quarto dia ela dançou! Pude sentir o calor em meus quadris... movimentos muito leves e precisos... E denovo esperei por uma palavra e ela manteve-se altiva em seu silêncio...
No quinto dia, ungiu meu corpo em óleo e me deu a conciência de cada músculo do meu corpo... Ao final sorriu, e fez contentar-me com isto...
No sexto dia ela me fez pisar na terra, me fez caminhar sobre a água e levitar entre as nuvens... Ela cerrou meus olhos, beijou-me a face e achei tê-la ouvido dizer algo... mas não fui capaz de ouvir...
No sétimo dia ela me deu um espelho, um espelho daqueles que toda mulher deseja... Me deu também hum minuto para olhá-lo.
Ali, diante dele, me despi... toquei minhas mãos, busquei Vênus no céu, coroei-me com lírios... ungi meu corpo e dancei... toquei o chão, alcancei as nuvens, andei sobre o mar e quando dei por mim, estava sozinha...
Olhei a minha volta num desespero medonho, buscando-a...
Quando me acalmei e consegui novamente olhar para o espelho... lá estava ela... ungida em mel, coroada de lírios... serena e tranquila... linda e feminina...
Desta vez não esperei ouvir sua voz, pois não era preciso... palavras morrem
Desta vez entendi que ela estava onde sempre esteve... Dentro de mim
Era uma vez...
A vida me levou pra lugares onde eu jamais achei que iria... Eu queria casar com o jornalismo, mas acabei tendo um romance torpe com o turismo...
Cheguei aqui, com as certezas de uma universitária (novamente), com as duvidas de uma profissional e com os desejos de quem ainda tem muito pra fazer!
Aos 16 anos, assinei minha primeira coluna, ela falava de coisas que faziam parte de um movimento muito peculiar: o tal resgate do forró pelos universitários paulistas...
Me esbaldei!
Tive a oportunidade de conehcer meus grandes ídolos da época ( Dominguinhos, Alceu, Peixe e etc)... namorei ali, me apaixonei e ganhei o carinhoso apelido de "pé preto"... hahahahaha
Aureos tempos....
Abaixo, há o link da minha ultima postagem para o site Surforeggae... bem simples é claro... mas muito saudosista!
http://surforeggae.ig.com.br/noticias.asp?id=155&Tipo=Noticia&pag=3
Ps. Esse post é dedicado àquele que assina com o singelo psudonimo de "Vento" (rss), por trazer esse fato totalmente esquecido! Ah... identifique-se...
domingo, 8 de março de 2009
A trapezista
Era outra vez, outro circo, ciganos e patinadores. O circo chegou a cidade era uma tarde de sonhos e eu corri até lá. Os artistas, eles se preparavam nos bastidores para começar o espetáculo, e eu entrei no meio deles e falei que eu queria ser trapezista. Veio falar comigo uma moça do circo que era a domadora, era uma moça bonita, forte, era uma moçona mesmo. Ela me olhou, riu um pouco, disse que era muito difícil, mas que nada era impossível. Depois veio o palhaço Poli, veio o Topz, veio o Diverlangue que parecia um príncipe, o dono do circo, as crianças, o público. De repente apareceu uma luz lá no alto e todo mundo ficou olhando.
A lona do circo tinha sumido e o que eu via era a estrela Dalva no céu aberto. Quando eu cansei de ficar olhando para o alto e fui olhar para as pessoas, só aí, eu vi que eu estava sozinha".
(Texto de Antônio Bivar)
sábado, 7 de março de 2009
Inércia!
Eu tenho muita dificuldade de falar de mim de verdade enrolo, mas não digo, às vezes nem pra mim, não sei...Sou um ser em constante estado de inquietação e transformação.No momento, só posso fazer uma afirmação: Estou incomodada comigo, de certo mais do que deveria...Estou incomodada com o tamanho da minha inércia (positivo nisso, só assumi- la).Sinto como se estivesse sempre a um passo, mas não o dou, não me jogo, não volto atrás, não arrisco, não perco... Mas também não ganho...Eu tenho medo, tenho preguiça, me acomodo, eu sou meio assim, tenho que parar de ter medo, mas medo do que? Medo da mudança, de arriscar, sabe lá.É possível que eu tenha um grande medo de ser quem eu sou. Passo muito tempo tentando me enquadrar a lugares e situações. Perco tempo demais tentando ser bem aceita.
Definitivamente estou incomodada
Minha covardia anda anulando minha sinceridade para comigo e também para com o mundo.Eu fujo das resoluções, estou sempre arrumando uma maneira de não fazer o que é necessário. Como uma boa filha de Oxum, desviou o curso do rio para não me chocar contra uma pedra ao invés de normalmente removê-la, acabo sempre me complicado mais e mais até a hora em que simplesmente abandono.
Eu sei que preciso mudar meu foco, parar de pensar no problema e procurar me focar na solução. Eu queria fazer mais por mim, mas sei que faço tão pouco... Ao menos já me cansei da besteira de culpar o mundo, o astral, as gerações e reencarnações... dei férias definitivas para o Karma. Eu já tenho a consciência e a compreensão, só me falta conseguir uma forma de transformar palavras em ação!
Preciso tirar a fuga do meu dia-a-dia.
De certa forma, estou num momento de transição, definitivamente estou largando a boneca... As responsabilidades chegaram e não vieram com um manual. Estou em busca do que sou da minha própria e, Deus, como isso não é fácil!
Tenho me buscado em lugares que não existem mais, faço constantemente conexões com o passado para tentar entender como deixei chegar onde estou. Às vezes é como se eu simplesmente tivesse chegado, não sabendo como.
Tenho estado carente de amigos e de afins, quero, daqui a alguns anos, uma lista de convidados de casamento com histórias pra contar...
Quero ouvir meus maracatus tendo o diabo em meus quadris, quero ouvir Maysa e quero brincar o carnaval! Eu quero mais é cantar guiando minha vida... Eu quero ter a diversão como prêmio, simplesmente...
Espero mais coisas do mundo... Mas no momento estou aguardando, ansiosa, muito mais de mim!
Isso tudo é muito complicado desde que o meu mundo é mundo!
Abrindo os trabalhos...
com minha beleza
de modo que o olho possa dançar de alegria
deixe-me seduzi-la com perfumes
para que você inspire prazer
deixe-me excitar seu paladar
até sua língua tremer
deixe-me acariciá-la
com um som que faça seus ouvidos zunirem
deixe-me tocar o seu corpo com a música da cachoeira
e adornar sua beleza com braceletes dourados e mel e perfume
e quando estiver tudo feito
quando todos os seus sentidos tiverem sido despertados
quando seu espírito celeste se unir de modo jubiloso
com seu corpo terrestre
então você conhecerá a sensualidade.
Savará a dona do meu congá.. Aye yê Oxum
(extraído do blog de Rosane Volpatto)