quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Capricórnio x Capricórnio

Qual é o limite do respeito entre as pessoas?

Qual é o limite entre o respeito, quando essas pessoas são pais e filhos?

Honestamente...EU NÃO SEI!

Eu nasci numa família "tradicionalmente moderna", sou filha do segundo casamento da minha mãe, que antes de mim já tinha um filho. Este 10 anos mais velho que eu.

Esta história sim é a de um verdadeiro triângulo amoroso. Incesto? Nada! Relacionamento entre mãe e filhos!

Meu irmão, sempre foi o dito "da pá virada", apronta(va) tantas e outras e meus pais sempre estavam aos corres com ele.

Eu? Tava ali, no canto da escada, dentro do quarto, no meu mundo imaginario, no meu esquema frustrado de família feliz. Bom, é claro que com o passar dos anos, agente vai descobrindo que toda boa família é composta por festas, amor e bons barracos! Agente se acostuma, essa é a verdade.

Meu pai, de criação rígida, tentou sempre nos criar de maneira mais solta do que fora criado. Claro que haviam regras que não poderiam ser quebradas: Não desrespeite, não responda, não retruque!
Tirando isso, o resto era moleza!

O problema mesmo, pra mim, sempre foi conciliar o 1º e o 2º de Capricórnio... São 10 dias que se parecem mais com 10 eras inteiras. Somos tão iguais sendo tão diferentes...

Minha vida inteira eu busquei ser totalmente diferente da minha mãe, eu corri tanto para o lado oposto que quando me dei por conta, tinha dado a volta ao mundo e chegado bem próximo do meu objeto de resulsa! Deveria ter me ligado nisso.

A nossa relação é feita de nitroglicerina pura, e normalmente explode com muita facilidade.. basta deixar cair. Assim, desenvolvemos um balé estranho, afim de carregar este balde sem deixar que ele beije o chão. Nem sempre funciona.

Nem as brigas de namorado, nem os conflistos no trabalho, nem quando Timão perde, sem mesmo um assalto me deixa tão arrasada, tão chateada e magoada. O dia fica mais cinza, e me traz a certeza de que dias piores virão! Nunca é um fato isolado, e o que acontece depois, vem em uma reação em cadeia.

Eu não sei lidar com isso.

O fato é que eu me sinto extremamente frágil quando situações assim acontecem... Fico no dilema do certo e do errado, do ceder ou reagir... As vezes eu reajo... e é aí que o caldo engrossa.
Acontece, que eu também sou gente, também fico nervosa, com raiva, ódio... as vezes não consigo segurar e também me descontrolo. Ai, sabe a regra do amém, do ser bom filho: "não responder, não retrucar"... Não dá!
Solto meus papagaios, verbalizo minha raiva e depois morro de culpa. Não que eu realmente não sinta as coisas que eu digo, não que minha indignação não seja autêntica, mas porque estamos sob o mesmo teto e porque me ensinaram que isso era errado.

Eu tenho um monte de conflitos internos que giram em volta deste tema... mas vou ficando por aqui...

Não é nada, sempre passa, uma hora se acerta, em tantas horas se ajeita...

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