Forró universitário segundo a wikipédia:" Forró universitário é um gênero musical surgido no estado brasileiro do Espírito Santo, na cidade de Itaúnas, sendo mais dançado no estado do Ceará.
O forró universitário é mais rápido que o xote e tem dois passos bases que são muito parecidos com passos de valsa.É dançado a dois com os corpos bem colados. Trata-se de uma reorganização do universo simbólico do forró mediante a intensificação da participação de grupos sociais das camadas médias.
A razão de ser mais difundido é a facilidade do aprendizado e a flexibilidade da dança possibilitando a adaptação de passos de ritmos. O sucesso deste estilo musical foi promovido também por uma assimilação e indiferenciação entre os jovens da banda e os jovens das camadas médias. Esse auge do estilo se deu em 2001 com o advento do grupo falamansa."
Rolava na sala de aula um CD de uma banda chamada "Falamansa"... fui ouvir e até que gostei. Uma roupagem nova do ritmo que eu havia me acostumado a ouvir em casa.
Fui convidada, então, para ir ao extinto (porém muito saudosista) Remelexo da Lapa, que na época ficava na Rua Tito...
Era o início de bandas como Praiera, Bicho de pé, Circuladô de Fulô, Falamansa, Peixelétrico, Caiana, Raiz do Sana, Forróçacana, Rastapé...
Me apaixonei! Nunca me ensinaram a dançar forró, foi como uma daquelas coisas que parece que você já nasceu sabendo fazer... coisas pras quais agente nasce pronto...
O que era um prazer se tornou vício e todos os domingos, por cerca de dois anos initerruptos eu compareci aos domingos no Remelexo de Pinheiros (casa que ainda existe), só para ver o Trio Virgulino tocar...
Minha geração ouvia e vivia aquele estilo de música, fosse nas roupas (new hippie), fosse nos disc mans, fosse nas baladas ou nos encontros da tribo... Era uma nova tribo cheia de peace'n love, que queria mais era dançar, ouvir boa música e beijar na boca!
E como sugeria O trio nordestino em uma de suas mais deliciosas canções: "Síria com Carimbo, Maracatu com forró até o dia clarear" o negócio era misturar...
Além da mistura com o maracatu, sugiu uma mistura doida entre o forró e o reggae, fruto das mentes loucas de uns caras que tinham uma banda chama Peixelétrico.
A mistura deu certo, criou-se o Foreggae. Com passos mais lentos, giros inversos e passos mais soltos, roubou pra sí mais alguns passos do Samba- Rock e tirou dele o contra tempo...
Surgiu ai também, um xote mais arroxado, bom pra quem gostava de xavecar as meninas ou pra quem gostava mesmo de um "Esmeril Pesado"...
Luais na praia, rodas no colégio, as baladas e as pessoas que compunham o movimento... tudo tinha uma cor diferente...
Em 2005, já com 19 anos e depois do fim da febre, foi a vez de conhecer o que é que os cariocas tinham!
Convidada por namorado, fui ao Rio pra dançar forró! Vou dizer a verdade... adorei! Além de ter namorado um produtor de forró, tive a oportunidade de ir a dois lugares chaves: Feira de São Cristovão e o forró do Malagueta.... ai, é impossível não citar Zeca Baleiro "Vem arder comigo, meu amor, no Malagueta, a pimenta é boa, meu amor, não faz careta. Vem arder comigo, vamos dançar sem perigo, bater canela, umbigo, cabeça e coração".
De lá pra cá muita coisa aconteceu... Casas simbolo como KVA, Danado de Bom e Projeto Equilibrio, estão vivas apenas na lembrança de pessoas, que como eu, viveram a moda, curtiram a onda, dançaram pra cacete ou simplesmente estiveram envolvidas neste movivento, que não morreu mas se renova.
Pra quem ainda gosta de dançar, ainda existem redutos na ciddade de São Paulo como o Remelexo de Pinheiros e o Canto da Ema ( que pra mim é a melhor das opções).
De quarta a domingo, o Canto da Ema é uma excelente opção para quem gosta mesmo é de dançar, até as 1:30 quem manda é o DJ e depois as melhores bandas... Tem do novo e tem do velho... de Trio Virgulino a Trio dona Flor... O negócio é smerilhar... dançar, dançar dançar até as pernas doerem...
Eu fui chegando e fiquei meio assustado
Era só muié bonita, era fulô pra todo lado
Dancei a noite inteira com as muié que vão na feira E de segunda a segunda tão em todos os forrós
Forró que só encontrei no Malagueta
Vi par de teta com teta, dez muié pra um homi só Fora eu era só par de muié com muié
Sem tempo de ficar parado
Nesse forró é fulô pra todo lado
E o baile não acabava e as muié tavam suada
Mas suor de pele fina deixa o perfume no ar
Muié com muié não tem nenhum problema
Se for reparar direito é até bonito de se ver
Dançando juntinho parece até casal
Num forró "tete- a- tete" não tem nada de anormal
Nenhum comentário:
Postar um comentário