quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Diabo


Do que você tem medo?
O que é que não te deixa dormir anoite?
Uma prova da faculdade, uma conta não paga, uma palavra mal- dita, um amor não correspondido?

Pois bem, como São Jorge em seu cavalo branco, também ando em busca dos meus dragões...
Como Joana D'arc, busco conhecer O Diabo para que consiga enfrentá-lo.
Quero urgentemente exorcizar minha vida!

O mais absurdo e estranho de admitir, é que essa busca termina no mesmo lugar que começou... dentro de mim!
Os demonios são meus... Minhas dúvidas, minhas incertezas, o que arrisco e o que deixo de arriscar.
Tenho medo de tormar a decisão errada, e por isso permaneço mais tempo encima do muro do que deveria...
Quando falei sobre a inércia, falei também sobre o medo de me locomover.... ela ainda me incomoda, mas não é o problema central.

A minha inércia está intimamente ligada ao inferno que tenho no meu coração!
Eu quero dar um passo, mas não me deixo... simplesmente porque não sei é o certo... MEDO DE ARRISCAR
Eu quero experimentar novas sensações, mas tenho medo de trocar o confortavel pelo incerto... MEDO DO FRACASSO
Eu quero uma noite de sono tranquila, com bons sonhos... mas a insonia, a ansiedade (eterna companheira) nem sempre são boas conselheiras ou amigas... MEDO DE NÃO RESOLVER

Eu tenho medo da mesmice, mas vivo nela....

Tenho medo de começar o que quer que seja de novo, pois O NOVO LOGO SE TORNARÁ VELHO....e ai?

Será que ao invés de Santa como Jorge ou Joana, sei uma "cavaleira andante"?
Será que serei como Don Quixote em busca de novas histórias, novas aventuras?

Eu tenho medo do que quero ser, muito provavelmente porque tenho medo de quem sou de fato e quem eu sou?
Sinceramente, esta é uma pergunta que me faço diariamente, e ainda não obtive uma resposta completa. Sou aquela descrita no meu perfil, que está no cabeçalho do Blog, sou aquela.... sou essa... sou nenhuma.
Estou pensando em buscar ajuda profissional... mesmo.
Preciso que alguém me ajude nessa cruzada contra meus demonios existenciais... Sozinha eu já não posso mais...
Não sei se recorro a um padre, um pai-de-santo, um psiquiatra ou a um psicólogo....rs
Vou descobrir... acho!

Esses dias, enquanto enquanto deixava a cidade, estava conversando com o Digníssimo daqui de casa sobre algumas destas coisas... Cigarros e "cerveja" nos faziam companhia... quando no rádio tocou a canção perfeita.
Pois é quero conversar musicalmente... já tentou manter um diálogo com alguem sem dizer uma frase sequer que não seja um trecho de alguma música? Eu faço isso sempre...

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do Demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

(Miedo-Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis)

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